sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Excelente artigo que vai sair no jornal "O Benfica"

Este artigo demonstra bem pelo facto de eu ter escrito sobre o dedo em riste do Jorge Jesus:
Jorge Jesus, após um jogo de preparação, de dedo em riste, deu um ralhete a um futebolista seu, Ola John. Foi o escândalo, o horror e a indignação! O país desportivo acordou em choque. Os três molhos de folhas tintadas a que chamam jornais desportivos fizeram do acto capa. Os comentadores teorizaram sobre o treinador carrasco e sobre o jogador vítima. Segundo me pareceu, nunca os jornalistas portugueses tinham visto um treinador a dar um ralhete, em público, a um jogador. Nunca. E o acto chocou-os. E o acto indignou-os. E o acto permitiu-lhes tecer comentários sobre o valor do treinador como homem. No dia seguinte, perguntaram à pobre vítima o que achava do vil verdugo. A pobre vítima, para espanto dos inquiridores, não se achava vítima de coisa alguma. Achava normal e nada de especial que o seu treinador o tivesse corrigido com mais veemência. 
Em seguida, apurou-se a forma de acertar no alvo: não era o ralhete que se questionava, era o facto de ter sido em público e não no recato do balneário. Garanto que, perante o alarido causado, se fosse agora, o treinador do nosso Benfica certamente teria feito os reparos longe dos olhares sensíveis dos jornalistas sensíveis. Mas, possivelmente, o treinador em causa terá visto anteriores ralhetes públicos que foram encarados como normais pela chusma que agora se indigna. A título de exemplo, a dita chusma não se indignou quando, no dia 7 de Abril, durante um jogo entre o clube do sr. Salvador e o clube do sr. Costa, o treinador Vítor Pereira, aos 25 minutos de jogo e com o resultado empatado, deu um ralhete, de dedo em riste e aparentemente com ameaças, ao árbitro Olegário Benquerença. Também foi em público, foi transmitido pela televisão em sinal aberto para todo o país e, pelos vistos, também foi um treinador a corrigir alguém do seu clube. Não fez capa de nenhum jornal e a chusma achou normal... 
_____ Artigo de opinião escrito e enviado para a redacção do jornal "O Benfica" no dia 07 de Agosto e publicado na edição de 10/08/2012 do jornal "O Benfica".

Isto diz tudo porque na altura fiz este artigo, pois infelizmente ou felizmente conheço os nossos jornais e jornalista, e os nossos treinadores, jogadores e dirigentes tem também já os deviam conhecer.

Não me venham cá com coisas que foi devido à gloriosasfera, porque também criticámos vivamente o dedo do vitinho sobre o benquerença e nada se passou. Quem nos dera que os jornais nos ouvissem, era bom sinal.

A nossa direcção tem de uma fez por todas assumir o que querem, ou se estão a cagar, criticam, maltratando e repudiando esta gentinha (isto é que era), ou então assumem um papel de não criar ondas, que é o que andam a tentar fazer mas muito mal.

Era mais que obvio que o que aconteceu ia acontecer, dou outro exemplo, nos corruptos andam todos à porrada, e onde estão as primeiras paginas? Ainda por cima com boas fotos por ai para colocar na primeira pagina:

Agora imaginem isto no Benfica, por exemplo o caso do Rubén que nada se compara com isto, quantas primeiras paginas houveram?

Resumindo, nós temos de uma vez por todas saber nos defender, ou não causando ondas desnecessárias pois sabendo qualquer coisinha vai causar a maior tempestade do Mundo ou no meu ver atitude certa, arrebentar com eles em todos os aspectos e feitios, claro que aqui as "grandes entrevistas" tinham de acabar.

1 comentário:

  1. De facto os jornaleiros deste país em geral mas os desportivos em particular são uma das piores classes( já nem sei se lhe deva chamar classe) que grassam por este pobre país. Valha-nos que existe o Benfica!!

    Gloriosas Saudações!

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