A matilha
A matilha ataca sem tréguas. Atiram os cães de fila para a
linha da frente e, entre latidos e rosnados, deixam para trás os que vão
uivando com a cauda a abanar na esperança de que o dono atire um ossito à
rafeirada.
A matilha não perdoa, ladra incessantemente, desde há duas
semanas, porque, ao contrário do que tem sido habitual nas últimas décadas, não
têm encontrado diligentes moços de fretes prontos a entregar a encomenda
dourada em tom de apito. Uivam com saudades dos que se vendiam em prostíbulos
em troca de fruta para dormir ou conselhos matrimoniais.
A matilha não descansa e dá voz, na comunicação social, a
rafeiros, rafeirotes e bicheza afim para enviar avisos velados e ameaças
deslavadas aos próximos nomeados para arbitrar os jogos do Glorioso. Alguma
rafeirada, mais refinada, esconde-se por baixo de uma aparente, e
constantemente desmascarada, ideia de “independência” e “imparcialidade”, para
lançar a suspeita cobarde e nojenta com a mesma desfaçatez com que cobardemente
ajudaram, e ajudam, a encobrir três décadas de crimes de dourados apitos e bem
menos douradas agressões chantagens e ameaças. Normalmente, esta frente da
matilha tem direito a tempo de antena semanal sem direito a outro contraditório
que não seja a sua própria contradição. Só espero sinceramente que os
dirigentes do nosso clube não voltem a cometer o erro de dar direito a
entrevistas exclusivas dos profissionais do nosso clube a alguns destes cães de
fila.
Quanto aos hipócritas que falam em nome de uma verdade
desportiva que conspurcam há três décadas só há um tratamento a dar: deixá-los
ladrar enquanto a caravana passa em busca do 33º título de campeão.
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Artigo de opinião escrito e enviado para a redacção do
jornal "O Benfica" no dia 30 de Abril e publicado na edição de
03/05/2013 do jornal "O Benfica".
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