segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Estou de volta e dedico o meu 1º artigo ao grande "Campeão" Sporting

Bem estou de volta e sendo o primeiro dia sempre um dia doloroso e penoso, dedico o meu artigo ao clube mais doloroso e penoso de todos o "Grande" Sporting.
Depois de "grandes" jogos feitos por este "grande" clube, onde o "grande" recoreco vinha a elogiar, foi então envergonhado de tal maneira em casa que os sportinguistas e o recoreco tiveram uma queda que se ouviu a onde eu estava, ainda pensei que tivesse sido um trovão ou algo vindo da natureza, mas depois quando li o que aconteceu percebi logo o que era, uma queda monumental dos lagartos.

Bem mas o que eu quero mesmo mostrar é este artigo, do grande benfiquista Pedro Ribeiro que descreve sem tirar nem por o que se tornou o Sporting e os seus adeptos e o que é a nossa Liga:

Honra e Glória, sempre.
O defeso. Aquele período do ano em que os jornais criam transferências todos os dias. Olho para mais este defeso e penso: nada vai mudar. Chego à conclusão de que, na Liga Portuguesa, tudo não passa de um duelo entre Porto e Benfica, dentro e fora do campo. Não é a sede de vitórias que move grande parte das equipas, é antes o ódio, sendo que acaba por ser um ódio indirecto, cuja raiz está noutro lado. E não existe maior ódio do que aquele que é dirigido ao Benfica, que é realmente impressionante. Até muitos sportinguistas são hoje, sobretudo, tristes anti-benfiquistas, festejando pontos que o Porto consegue sobre o Benfica, porque nada mais há a festejar, na terra de ninguém, que é a terra dos adeptos sem causa própria. Pode ser que a nova direcção e a vinda de Domingos para Alvalade possa trazer um nível de ambição e exigência, amor próprio e identidade que tem faltado ao Sporting nos últimos anos.
A Liga Portuguesa é o campeonato de Porto vs Benfica, e depois os satélites todos. O Sporting tem sido a primeira e maior vitima desta guerra, sendo muitas vezes olhado com sobranceria pelos outros grandes, que encaram Alvalade mais como algo que se pode "utilizar" num determinado momento do que como um rival que pode ganhar um campeonato. Cabe ao Sporting erguer-se e estar à altura da sua história, como clube grande e não como um sub-grande à deriva. E isso passa também por criar a sua própria magistratura de influência, hoje perfeitamente inexistente. Que clube diríamos hoje que é "amigo" do Sporting? Esqueçam, a única coisa em que o SCP risca é nas suas próprias camisolas. Contenta-se em ficar contente com o facto do campeonato não ir para o outro lado da 2ª circular e é tudo.
E o futebol português precisa de um Sporting vivo, atento, competitivo, digno da sua história.
A maior parte dos clubes portugueses vive com a corda na garganta e vira-se para quem, no horizonte dos seus dirigentes, tem o poder de os ajudar a sobreviver: jogadores emprestados, treinadores em estágio para possíveis voos maiores, cumplicidades quase nunca confessáveis, vislumbres de comissões de transferências, uma mão que segura o apito neste ou naquele jogo e que é tanto mais mão amiga quanto maior a cumplicidade desse clube aflito com o tal outro, grande.
E Benfica e Porto olham para os outros clubes como aliados ou inimigos, porque estes clubes são os primeiros a escolher o seu lado da trincheira, antes de escolher quaisquer objectivos desportivos. A maior parte dos clubes da 1ª Liga comporta-se como clubes satélites, em mau. E o Porto aí tem décadas de trabalho de casa feito, e está realmente à frente, espalhando a sua influência com mestria. Mas com bons jogadores e um treinador competente, não haja aqui confusão. Falcão, Hulk, Varela, João Moutinho, Belushi...são jogadores muito bons, e campeões com o seu mérito indiscutível. O problema é perceber que este campeonato não são só grandes e pequenos golos, de equipas que dão tudo em cada jogo, para ganhar, ponto.
Esse não é o campeonato português. E é o campeonato da ingenuidade ou do simples oportunismo pessoal, que leva muito dirigente a vender a honra do seu clube, e com ela o valor da sua história, ignorando que, uma vez perdida essa diginidade o caminho é o inferno. São vários os exemplos de clubes que de tanto prestar vassalagem acabam por ser depois abandonados à sua sorte, perdidos numa Liga Orangina qualquer ou pelo menos longe de classificações de acordo com os seus pergaminhos. Uma lógica de usar e deitar fora, onde o clube grande suga o que pode, usa e abusa e depois maltrata e abandona, mas sempre jurando fidelidades e cumplicidades eternas. Tudo mentira.
Pergunto-me como seria um campeonato onde imperasse um código desportivo de ética, honra e brio, como no inglês. Todos os jogos são mesmo só 11 contra hoje, o árbitro não é condicionado, a regra é a busca do brilhantismo e da excelência. Quem faz fita é assobiado. Os clubes, todos, têm adeptos, uma massa crítica que não tem um clube grande e depois um segundo clube. Na organização da competição, para começar, mas também na forma de a promover, há um objectivo: o espectáculo desportivo de verdade, que ganhe o melhor. Não há narrações de jogos feitas por quem adopta a postura de mero adepto de um clube ou outro, de microfone ligado. Não há linhas de fora de jogo que parecem desafiar as leis da física, não há observadores de árbitros a soldo, não há fretes para ninguém.
No fundo é pena, pois acredito que haveria muito melhores espectáculos, mais receitas e gente nas bancadas. E até a rivalidade entre clubes grandes seria diferente: haveria mais clubes grandes, e todos seriam mais crescidinhos.
Via Dias Úteis por Pedro Ribeiro 

Depois deste texto apenas tenho uma coisa a fazer, ficar por aqui neste artigo.

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