sábado, 8 de outubro de 2011

João Malheiro descreve excelentemente Miguel Sousa Tavares

«Foi um Benfica mais higiénico que bateu com toda a justeza o Paços de Ferreira?

A verdade é que Javi García não jogou.

Javi García? Esse mesmo.

Aquele que é, na opinião de um tal Tavares, "o jogador mais sujo da I Liga".


O conceito foi escrito no rescaldo da recente igualdade no Dragão, depois de um jogo que os portistas queriam vencer a todo o custo.

O Tavares ficou ressabiado, o Tavares pensava que o FC Porto ia bater o Benfica, quiçá golear como havia feito na última temporada.

O Tavares descompôs-se na prosa que escreveu.

O Tavares viu o que mais ninguém viu.

O Tavares viu um FC Porto superior ao Benfica.

O Tavares viu com olho azul, olho que se não é cego só pode ser vesgo.

O Tavares tem ódio ao Benfica.

O Tavares debita, debita, debita... Debita baboseiras, debita asneiras, debita calinadas.

O Tavares, há anos, teve o desplante de dizer que era mais difícil ser portista em Lisboa do que muçulmano na Bósnia.

O Tavares pode ser levado a sério? O Tavares não entende nada de bola.

O Tavares nem do FC Porto percebe bóia.

Também há anos, num escrito sobranceiro, corria 87, o Tavares aventou que o FC Porto jamais poderia ser campeão europeu com um jogador como Frasco na intermediária.

O Tavares sabe que o seu clube acabou por ser campeão europeu, ficou a saber a influência que Frasco, um magnífico executante, acabou por ter no desfecho do despique.

O Tavares pode ser levado a sério?

O Tavares irrita a gente.

O Tavares, sobretudo, diverte a gente.

O Tavares até faz falta.

O Tavares é uma pérola catita no anedotário da bola.

O Tavares não é do Benfica e jamais poderia ser.

O Tavares é do FC Porto e só poderia ser.»

- João Malheiro, jornal O Benfica, 7 de Outubro 2011

via o 'Planeta Benfica

Com um texto assim apenas me resta uma coisa, retirar-me com um sorriso de orelha a orelha e a bater palmas.

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