da série "O que falhou?" - capitulo 8
Hoje voltamos aqui à serie "O que falhou?". Este capitulo estava pensado antes mas quis esperar pela entrevista/comunicado do Presidente Vieira para o escrever.
Anteontem o Presidente reconheceu praticamente todos os erros apontados nos capítulos anteriores desta saga, o que me deixa com pena de não ter escrito este antes, para que ele pudesse ler e reconhecido na entrevista. (para o leitor que não percebeu acabou de assistir ao momento em que tomo um banho de Água Benta tal a presunção que atingi. Taxa de Basófia 9,9 na escala de Richter).
Existe uma coisa nos clubes, nas empresas e porque não dizer, em tudo na vida, que não é palpável mas que está lá, é o que se chama de Cultura e para além da histórica ela faz-se diariamente de pequenos grandes nadas que juntos se tornam enormes e que esta direcção, por estratégia ou desconhecimento teima em não acertar. É um caso de liderança e especialmente de carisma.
Luís Filipe Vieira é um dos maiores empresários portugueses, alguém que nasce pobre no bairro das furnas e que chega a ser dos 50 mais ricos do país tem de ser genial nos negócios mas não tem carisma. Se por absurdo amanhã o Vieira me dissesse - "Carlos, compra aquela coisa que aquilo é um óptimo negócio" eu comprava sem hesitar mas se estivesse numa noite de breu a voz que seguiria às escuras não seria a dele. Tem falta de carisma para o lugar. Isto não tem mal nenhum, desde que alguém que o tenha salte para a 'frente das tropas'. E 'é aqui que o gato vai ás filhoses'! O que faz o Rui Costa?
Lê-se nalguma blogosfera que o Rui devia de contratar jogadores e tal... - Errado - quem percebe de negociações é o LFV o que o Rui devia e podia fazer era 'liderar as massas', por exemplo: Uma das coisas que achei mais estupido foi o Presidente ainda na pré-temporada ter andado ás piadas tipo: "Campeão não é quem ganha uma vez mas muitas". Teria sido excelente se fosse dito por Rui Costa, um campeão aqui e em Itália, sendo dito por Vieira tem logo outro sentido, um sentido de critica aos campeões.
Depois veio a saga das arbitragens: Primeiro um silencio ensurdecedor depois a rábula da ausência dos adeptos aos jogos fora. Mais uma vez excelente ideia - mal veiculada.Se querem uma guerra assim têm de saber como combatê-la e nunca, repito nunca, podia ser a direcção a pedir aos sócios para faltarem com o apoio à equipa.
Não teria sido difícil à estrutura do Benfica 'arranjar' um jantar entre eminentes sócios mediáticos que 'lançassem' essa ideia e aí quanto muito a direcção do Benfica "entenderia as razões dos sócios" e evitava a vergonha por que passou com noticias em estilo de gozo "que o boicote era afinal para a Luz" e que levou ao enxovalho final de ser levantado para o estádio 'inimigo'.
A gene do problema está na 'não explicação' do apoio ao Fernando Gomes e Vitor Pereira para a Liga.Entenda-mo-nos: há gente que acha que se não fosse o Fernando Gomes seria um John Smith com fleuma britanica e que em vez do Vitor Pereia seria uma espécie de Collina em dirigente vindo talvez da Premiere League e que trouxesse na bagagem os árbitros de lá. Não era isso que teria acontecido, mas o apoio a essas personagens não ajudou ao cimentar da liderança.
Quando Vieira diz que está difícil de renovar com a Olivedesportos a malta ri e duvida. Ao fim e ao cabo falta ao Vieira o carisma que tinha Vale e Azevedo, sobra-lhe em competência empresarial o que lhe falta em 'garra Benfiquista' e estes episódios não ajudam em nada a sua ascensão a líder glorioso. Como dizia Camões: "Fraco rei faz fraca a forte gente".
Vieira pelo passado, pelas 'amizades' e pela postura não pode ser o General, o Almirante desta nau Benfica, acredito que seja um bom Presidente mas não consegue aglutinar as hostes Benfiquistas por isso tem de delegar mais e não menos, no que diz respeito à cultura Benfiquista e à politica fora do campo.
Uma direcção ziguezagueante e sem carisma é um problema do Benfica desde à muitos anos.
Via Benfiliado
Obrigado e honrado pelas simpáticas palavras companheiro.
ResponderEliminarUm abraço